Arte de Rua

12:48:00







Boa segunda-feira, boa semana, galera!

No último post que fiz sobre variedades a gente falou sobre eventos de rua, resolvi continuar no mesmo espírito e propor hoje o tema: arte de rua. Eu, particularmente, adoro e acho que a cidade fica com outra vibe e outra cara quando resolve investir neste tipo de atividade. Dito isto, não tem como pensar arte de rua sem lembrar do grafite, não é mesmo? Grafite é vida e é uma das expressões artísticas populares mais expressivas. Eu acho lindo e super importante o papel do grafite para a sociedade, em especial para os centros urbanos, pois é uma maneira inteligente de preservar os espaços, tornando a manutenção muito mais barata e simples, e ainda promove inclusão social e cultural, fazendo com que a arte passe a ser popular ao estar ao alcance de todos e presente no nosso dia a dia.

Por gostar muito do visual e do assunto fui me informar um pouco mais sobre esta atividade artística e pude compreender melhor as questões que envolvem o grafite. Ele surgiu como uma forma de expressão, manifestação e até denúncia por parte das camadas sociais mais periféricas, juntamente com o Hip Hop, e se caracterizava por ser uma técnica exclusivamente de rua, dos muros. Ao longo da trajetória do grafite surgiram reações sociais bastante controversas, primeiramente ele foi e é ainda muito confundido com pichação e reprovado por boa parte das pessoas que o associam à marginalidade e à violência, ao mesmo tempo que, mais recentemente, passou a ser valorizado e apreciado por um público bem maior, chegando inclusive aos bairros "nobres" e às galerias de arte. Há quem diga que é a "gourmetização" desta forma de arte. Esta mudança trouxe consigo um conflito entre visões de mundo dentro do movimento grafiteiro, parte dos artistas afirmam que grafite é uma arte de unicamente de rua que deve estar e permanecer na mesma, outros já admitem e vêem como algo bom a presença do grafite em galerias de arte e espaços privados/fechados.

Se, por um lado, o grafite deixou de ser uma ferramenta de expressão exclusiva da periferia - perdendo alguma parte de sua identidade inicial, por outro lado, ganhou espaço, notoriedade e projeção muito maiores; deixando de ser segmentada e se tornando uma "linguagem universal". Eu entendo as críticas, mas acredito que quanto mais plena e diversificada for esta atividade, mais poder de voz dará às pessoas que fazem o uso dela e mais portas abrirá para este meio. A prova disso é que o Brasil, que até então não tinha significatividade na arte, passa a figurar como referência mundial. Nossos artistas estão na gringa fazendo o maior sucesso, das ruas e muros mais importantes até as galerias de arte na Europa.
Pensando nisso, eu resolvi trazer alguns dos murais do Eduardo Kobra que é um artista brasileiro que eu curto demais e que criou um estilo próprio e inconfundível de cores e formas, explora a brasilidade como ninguém e que serve de referência e tem seus trabalhos expostos pelo mundo inteiro.







Vocês também se interessam, curtem grafite? 
Me contem a opinião de vocês sobre essa história toda e se tiverem artistas que admiram, compartilhem comigo! 

Segue dois links de documentários disponíveis no youtube que falam sobre este assunto:
Expressão da Rua
No Muro

Beijos, Jeh. 

You Might Also Like

2 comentários

  1. Foi tema de debate na minha sala de aula um dia desses. Lá conheci o trabalho Dos Gêmeos e gostei bastante. É interessante a proposta de expor ideias de uma forma tão bonita. E apoio exposições em lugares fechados, por que não? Mais uma forma de popularizar mesmo essa arte! Conhecer de uma maneira mais prática mais sobre os artistas, mas claro, sem perder a essência e continuar expondo nos muros por ai! Sempre fica tudo tão mais lindo! ♥

    leehssecrets.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Penso exatamente assim também, Letícia! Obrigada pela visita sempre querida.
      Beijos ;)

      Excluir